segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vou postar aqui um texto que escrevi há um tempo atras.. para que eu nunca esqueça o que as pessoas são capazes de fazer.. mesmo que vc a ame mais que tudo. E que o sofrimento é necessário e um grande aprendizado. A dor que eu sentia ao escrever passou em menos tempo do que eu imaginava...
Além disso, quero dizer que a melhor coisa que fiz foi ter aceitado o fim, porque logo em seguida conheci uma pessoa mais que especial, que me preenche e me faz feliz todos os dias, desde o dia em que ficamos pela primeira vez... E eu estou aproveitando cada segundo dessa nova relação, que será infinita enquanto durar. Porque o que eu aprendi foi que devo viver intensamente cada minuto, porque um dia, sem mais nem menos o amor pode acabar. E sim, ele acaba. (apesar que penso que se acaba, não é amor...) Que sirva pra acalentar as pobres almas amantes que não aceitam o fim...
So.. let it be...

09/05/2011
Ao meu queridíssimo ex namorado...  A alguém que já Passou...


Ás vezes não enxergamos o que está diante dos nossos olhos... Talvez porque não queremos ver, ou porque nosso foco é outro, ou até porque algo brilha forte do seu lado e ofusca sua visão... Não vou usar tantas metáforas porque te conheço bem e sei que você não é bom com indiretas... O que quero dizer é que não poder fazer duas coisas ao mesmo tempo não significa não ter de fazê-las...  Seu foco agora está na faculdade, e se você não estiver me escondendo nada pra me poupar a dor (se é que isso é possível, porque dói do mesmo jeito) eu quero que lembre que eu também estudo, trabalho e nunca culpei nosso namoro por me tomar tempo, ou por atrapalhar meus planos, sempre dei um jeito de te incluir na minha vida...
Lembrando de tudo o que passamos, não consigo entender onde foi que você perdeu o interesse por mim, quando foi que deixou de me amar, porque não tivemos momentos ruins nem desgastantes pra isso, a não ser que tudo o que você me disse seja mentira... e não quero acreditar nisso, porque fiz de você uma verdade, e pensar que me enganei me faz perder a esperança em tudo. Eu achei legal sua atitude, mas ao mesmo tempo você foi covarde, porque nem tentou mudar, nem tentou lembrar tudo de bom que passamos e achar uma solução para superarmos o “problema”.
Entenda, tenho dúvidas muito mais obscuras que as suas agora, pq você me escondeu o que sentia, e isso destrói qualquer tipo de confiança.
Eu passei a noite em claro, chorando e não vou ficar bem tão cedo, e me deixa pior saber que a sua preocupação é puro egocentrismo- você não quer se sentir culpado, porque culpa dói.
Como eu já disse, já estive do outro lado, já magoei pessoas, até já as fiz chorar, mas fui sincera na hora certa, quando percebi que não queria eu logo disse, não empurrei com a barriga por pena. Por isso é difícil de acreditar que você não me ama mais, e sei que vai se arrepender, mas pode ser muito tarde, pode ser irreversível, porque não quero mais ter dúvidas... Meu erro foi ter certeza e a única que tenho é que amo as pessoas que me rodeiam, e sei cada tipo de amor que distribuo... Porque não aguentaria a culpa de machucá-las, então não alimento falsos amores, falsas alegrias, nem sentimentos impulsivos e imaturos... Quando eu morrer, não quero o alivio de ninguém, e sim admiração. E querido, as palavras ferem muito mais do que armas... Você me machucou demais, eu to sangrando por dentro. Você ta matando a única coisa que me fazia viver feliz, a esperança de ter alguém do meu lado pra sempre, de ter uma família, de ter um lar... Parece dramático, mas só quem já passou pelo o que eu to passando de novo sabe o que é se entregar pra alguém e ser jogada fora, como uma coisa usada, velha e sem valor. As coisas ruins existem e você não precisa vê-las ou vivê-las pra saber que elas não prestam... Você só se mantém longe... Então, quando você justifica que é novo e que tem muito o que viver, você está me excluindo de viver as coisas boas com você e se arriscando a passar as ruins sozinho...  
Mas viva, e seja feliz em tudo o que fizer, porque não há um só tipo de felicidade e eu vou procurar a minha agora, de outra forma e longe de você...
Adeus.

domingo, 17 de julho de 2011

falta

Ela sentiu sua alma mais fria do que o normal
Olhou-se no espelho e lamentou a feição abatida
Sentir deveria ser mais do que sentir-se bem
E ela já não sentia mais nada...
Pensou em algo para descrever-se
O gelo definia bem sua inquietação
solido, incolor, inodoro... insalubre
Vez em quando o gelo quebrava... ela permitia-se derreter
Mas como água, ela viu -se escorrer pelo ralo...
O ser já não importava ou nunca importou
Ela queria voltar a sentir
O calor no peito, a brisa no rosto, a saliva do outro, quente em sua boca...
O suor nas mãos o frio na nuca, o cheiro da pele, que gruda...
Mas tudo sempre se esvai... nada é palpável.. tudo é gelo
No começo é sólido... depois derrete e escorre pelas mãos...
A analogia estendia-se ao seu tato... ela se diz amortecida, anestesiada...
Não sente o toque nem ao lábio...
Ela talvez não tenha entendido, que a matéria se transforma
E que ser feliz é questão de escolha...
Sentir é questão de toque e o calor é transmissível..
É só se permitir